Dicas e Notícias

"Rio só existe porque tem margem.
A criança só será um adulto completo se tiver limites.

Criança tem que ser monitorada.

Mãe tem que ser chata.

Filho só pode ver aquilo que é próprio para a idade dele.

Filho não pode ver aquilo que está além da sua capacidade de compreensão.

Tome a frente das regras da sua casa.

Criança não dorme com celular no quarto. Recolha. Vigie.

Criança tem que dormir com tranquilidade.

Quarto não tem que ter televisão. Quarto é para dormir.

Não compare a casa do outro com a sua.

Na sua casa você tem que cuidar da integridade mental dos seus filhos.

Criança não fica trancada no quarto jogando.

Filho tem que 'socializar', tem que ver, estar com pessoas. Corpo a corpo. Olho no olho.

Criança que é rejeitada por outros tem uma tendência a buscar redes sociais. Cuidado. Isso pode causar dependência.

Precisamos ter a coragem de olhar para a vida dos nossos filhos.
As coisas acontecem debaixo dos nossos olhos.
Criança é esperta, mas temos que ser mais ainda. Pai e mãe têm que estar perto.

Criança não tem que ter senha.

Essa tal de privacidade é só quando eles saem de casa, só quando pagam as próprias contas.

O celular do filho não pode ser igual ao do pai.
Tem que haver hierarquia.

Cada mãe conhece o filho que tem. Mãe, no fundo, sabe o que está acontecendo com o filho. Não ignore suas sensações como mãe.
Elas são verdadeiras.
A mãe não erra o diagnóstico. Confie nos seus sentimentos de mãe.

A missão como pais é muito maior do que podemos imaginar.
E não é uma missão fácil.

Mais do que dar coisas, se dêem a seus filhos.

Questione seus filhos. Pergunte! Vigie! Investigue!

Existem muitos e muitos distúrbios psiquiátricos na infância.

O segredo da prevenção é família e amor.

Criança tem que ser amada.

Filho vai tentar se impor. Mas 'combinados' e regras devem existir.
Tem que haver respeito.
Tem que haver hierarquia.

Filho tem que desejar!
Tem que querer ganhar alguma coisa!
Tem que esperar ansiosamente pelo presente.

As coisas não são descartáveis.

Coloque na vida do seu filho que somos criadores, que vamos criá-los e que temos sonhos para eles.

Que a vida tem que ter sentido, além do dinheiro, do poder e de todas as possibilidades.

Que a vida os desafiará, mas a vida não encerra.
Cuidado!

O que os filhos trazem para o mundo é o que plantamos neles.

Estimule-os a serem verdadeiros. A verdade abre caminhos.

Converse. Incansavelmente.

Temos que nutrir a confiança.

Olhe para os seus filhos e entenda o que eles precisam.

#repost @Dra.luciananabuth.pediatra

A internet é um recurso presente na vida de todos, inclusive na de crianças e jovens. Na verdade, esse público acaba utilizando a internet mais do que os adultos, pois eles já nasceram conectados e têm uma grande familiaridade com esse meio.

De acordo com a pesquisa TIC Kids, houve um crescimento na frequência de acessos entre as crianças e adolescentes que usam a internet. O levantamento apontou que cerca de 80% da população brasileira entre 9 e 17 anos utiliza a rede. Além disso, também houve uma elevação no percentual dos jovens usuários que se conectam mais de uma vez por dia, passando de 21% para 66%.

Diante desses dados, uma das preocupações dos pais é sobre como acompanhar a influência da internet na vida dos seus filhos. Por ser um recurso amplamente utilizado pelas crianças e jovens, é comum que a internet acabe influenciando no comportamento do filho, por isso, é fundamental ficar atento para verificar se essa influência é positiva ou não.

Para ajudar as famílias nessa importante análise, separamos algumas dicas de como acompanhar a influência da internet na vida dos seus filhos. Confira!

Isolamento social: fique de olho!
Uma das formas de verificar a influência da internet na vida dos seus filhos é analisando o tempo de uso desse recurso e como ele está impactando na realização de outras tarefas pertinentes à faixa etária, como estudos, brincadeiras, interação com os amigos, convívio com a família, entre outras.

influência da internet na vida dos seus filhos

O uso excessivo da internet e das redes sociais costuma gerar na criança e no jovem um isolamento social. Isso acontece porque o seu filho acha a vida virtual muito mais interessante do que a sua realidade. Muitas vezes, o jovem cria o “perfil dos sonhos”, com todas as características de pessoas que “bombam” nas redes sociais. Essa atitude acaba distanciando o seu filho dos familiares e amigos, e o smartphone e o computador passam a ser parceiros inseparáveis dele.

Essa situação é um exemplo da influência da internet na vida dos seus filhos. É preciso ficar atento para perceber e ajudar os jovens a identificarem que é necessário mesclar os dois ambientes e que nenhum perfil “fake” mudará a sua realidade. A orientação dos pais nesses casos é importante para que o filho se aceite e não siga a qualquer custo um padrão pré-estabelecido nesses canais. A dica é mostrar que a verdade é o caminho para uma vida mais plena e feliz.

Youtubers: uma influência da internet na vida dos seus filhos
Os youtubers são pessoas que têm como profissão gerar conteúdos em vídeo com frequência para alimentar os seus canais na rede. Hoje, há youtubers com milhares de seguidores e os perfis desses profissionais são bem diversificados.

Quando o assunto é o público infantil e jovem, os youtubers representam atualmente a principal influência da internet na vida dos seus filhos. Isso porque eles falam a mesma linguagem dos filhos e relatam situações que eles passam diariamente. Por conta dessa identificação, é comum a criança ou o jovem passar a se comportar igual aos seus youtubers favoritos e querer fazer tudo o que eles indicam.

Ao perceber essa mudança de comportamento do seu filho, é importante saber o que ele anda fazendo na internet. Uma dica é sempre acompanhar os canais do Youtube que o seu filho mais gosta. Assim, você não terá dificuldade para saber se as mudanças comportamentais são devido a influência dos youtubers ou por conta do crescimento do filho.

No artigo de hoje, mostramos algumas formas de como acompanhar a influência da internet na vida dos seus filhos, sabendo o momento certo de intervir. Já que você está ampliando os seus conhecimentos sobre esse assunto, veja também em nosso blog o artigo que mostra qual a dose certa de uso da tecnologia entre os adolescentes.

O que você almeja para o seu filho no futuro? A educação é transformadora. Revolucionária. Abre portas para um mundo consciente, autocrítico e repleto de valores essenciais ao cotidiano. Conviver em sociedade com justiça, solidariedade e saber é o que nos motiva a ensinar aos nossos filhos a cada dia, para que assim, eles possam crescer e registrar suas histórias em cada pedacinho por onde passar. São tantas histórias...É imensurável a quantidade de alunos que passaram conosco e nos deixaram um legado de sabedoria, cada um do seu jeito: com uma beleza única de enxergar à sua volta. Aqui, nossa saudade!

O que move o mundo? O amor. O amor permite a união entre os povos, o convívio com a diferença; exala o perfume da cooperação e da gentileza. Com ele, construímos uma leitura modificada da situação social e intervimos na violência, nos preconceitos, na falta de oportunidades, nas irregularidades cometidas dia-a-dia. O mundo é uma fábrica de conhecimento, desta forma, é preciso o tornar acessível a todos com o diferencial de interpretação reflexivo. E este é um dos maiores obstáculos que almejamos enfrentar na educação e no dia-a-dia, uma vez que, necessitamos tornar nossos jovens aptos à cidadania, preparados para exercer de maneira correta seus direitos e deveres, de maneira que, junto à escola a criança aprenda a lidar com erros e acertos e descubra que nela pode ser livre para criar.

Neste ínterim, hoje é um dia muito especial, o aniversário da nossa amada instituição. E neste dia, celebramos um percurso de construção do diálogo entre pais e filhos, professores e sociedade. Há 58 anos, celebramos o desafio de desenvolver junto à criança com compromisso e responsabilidade, pois, no futuro suas gerações serão inspirações, uma vez que, nós somos transmissores de comunicação.

Mas não podemos caminhar para o futuro sem pensar em nossas ações hoje. Você já ajudou a contribuir com o seu melhor hoje? Pensando nisso, a escola Edith Rodrigues não somente comemora mais um ano de trajetória, celebra também mais um ano de arte com a certeza de que, a cada dia, contribuímos um pouquinho na construção da identidade sociocultural dos nossos pequenos em desenvolvimento. Como educar para transformar? Com propostas dinâmicas, participativas e que envolvem a imaginação, procuramos transformar, há 58 anos, nossos dias em energia, entusiasmo e força de vontade. A cada ano, em sala de aula, mostramos que sabemos somar amizades, dividir conhecimento através das rodas de leitura, do esporte, música e dança. Nossos alunos espalham talento e criatividade por meio das releituras de obras dos artistas regionais; nos dão um show de conhecimento ao dividir com o seu público o conteúdo que aprenderam em casa, nos livros e com o professor mostrando que com a proposta pedagógica da Retrospectiva, somos mais que artistas. Somos "Guardiões da Vitória", "Soldadinhos da Paz", "Arqueiros da esperança "... Afinal, o que a gincana da Primavera nos ensina é que somos uma equipe, um time que só funciona com a colaboração de todos.

Aliás, Edith Rodrigues, para nós, simboliza família, e neste dia especial, ficamos felizes em saber que estão presentes de forma verdadeira na vida da criança. E principalmente em nossa vida. Ficamos felizes em saber que aprendemos com disposição para aprender mais e agradecemos aos aconchegantes amigos que nos recebem e nos abraçam ao raiar de mais um ano. Como é bom ter amigos...! Ficamos felizes em saber que nossos mestres dedicam a sua profissão para compartilhar junto a criança um dos momentos mais importantes em sua vida: a alfabetização.

Ficamos felizes pelo simples fato de compartilharmos valores: Este é um dos nossos maiores orgulhos neste dia especial. Obrigada por integrar a história da Edith Rodrigues e compartilhar conosco, há 63 anos, o valor do respeito. Feliz Aniversário!


Texto: Jéssica dos Santos Gonçalves / Ex- aluna da escola e formada em Comunicação Social – UESC.

A GENTE EXPLICA POR QUE ESSE HÁBITO PODE AJUDAR NA PREVENÇÃO DE DOENÇAS.

 

Imagina só a quantidade de coisas que nós pisamos na rua. Imaginou? Não precisamos descrever aqui, porque temos certeza que passou pela sua cabeça milhares de coisas sujas e nojentas. E precisamos lembrar que o seu sapato carrega tudo isso para dentro de casa.

"Existem mais de 400 mil bactérias que você pode transportar da rua, e o sapato carrega mais de 90% delas", afirma a infectologista Raquel Muarrek, do Hospital e Maternidade São Luiz do Morumbi, mãe de Lorena, Luisa, Sofia e Samuel.

No Japão e em boa parte dos países asiáticos, é culturail tirar os sapatos antes de entrar em casa. Há um lugar onde você deposita seus calçados e depois fica descalço mesmo. Esse costume, para eles, nem está tão ligado à higiene, fazem isso como sinônimo de respeito ao dono do lugar.

Como bons observadores, os cientistas começaram a estudar esse hábito. E pensando pelo lado da saúde, chegaram a conclusão de que os asiáticos estão certíssimos. "A principal bactéria que você pode trazer é a Escherichia coli, ela pode causar infecções urinárias e diarreia", diz a infectologista.

E para quem tem filho pequeno isso se torna mais grave, porque essas bactérias são transmitidas por meio do contato físico. Se o bebê está na fase de engatinhar, por exemplo, pode passar a mão onde você pisou e acabar contraindo o micróbio.

"Essas bactérias podem causar conjuntivite, problemas respiratórios, disenteria, ou seja, uma série de doenças só pelo contato com a criança", explica a especialista.

Mas não é preciso imitar à risca os japoneses, a médica deu uma dica para a gente. "Não é necessário ficar completamente descalço. O ideal é você ter um calçado que só usa dentro de casa. Assim quando você chegar, pode tirar os sapatos e levá-los até a lavanderia para fazer uma simples higienização na sola com água e sabão".

Essa limpeza é importante para acabar de vez com as bactérias que você trouxe da rua e principalmente para a saúde do seu filho.

Fonte: http://www.paisefilhos.com.br/

Com as várias possibilidades que o mundo tecnológico de hoje permite é difícil fazer as crianças aprenderem habilidades práticas, como entender um mapa, escrever uma carta à mão ou lavar as próprias roupas. "Vejo que muitos pais fazem tudo pelos filhos em vez de deixar as crianças descobrirem como fazer por elas mesmas," diz Tim Elmore, fundador da "Growing Leaders", instituição sem fins lucrativos de Norcross, Georgia.

Para mudar esse cenário, veja como os pais podem ajudar os filhos a adquirirem 10 habilidades antes dos 10 anos:

1. Dar uma mão na lavanderia de casa

A maioria dos adolescentes que estão com um pé na faculdade não sabe lavar as próprias roupas. Não deixe que o seu filho se torne um deles! Você pode começar a se preocupar quando seu filho atingir os seis anos de idade. Para isso, precisará deixar um banquinho próximo à máquina de lavar. Apresente o processo todo para ele: como medir e adicionar o detergente, apertar os botões corretos e ligar.

2. Fazer embrulhos para presentes

Com certeza, o seu filho já deve amar dar presentes e embrulhá-los pode fazer com que eles se sintam ainda mais orgulhosos e importantes. Enquanto as crianças menores podem ajudar a cortar o papel e colocar a fita em volta do embrulho, as crianças maiores, com a sua orientação, podem remover a etiqueta de preço, encontrar a caixa ideal para o presente e envolver o objeto com o papel para assegurar que nenhuma parte ficará à vista, estragando a surpresa.

3. Usar o martelo para pregar

Dê um martelo ao seu filho. Use uma madeira macia e escolha pregos com a cabeça larga. Primeiro, terá que começar a martelar para ele. Quando seu filho estiver pronto para fazer sozinho, você pode empurrar o prego através de um pedaço de papelão para fixá-lo no local, enquanto ele martela na madeira.


4. Escrever uma carta à mão

As crianças podem escrever uma carta para um membro da família e entregar na caixa de correio. Ensine um filho mais velho a endereçar um envelope e as cinco partes características de uma carta: data, saudação, corpo do texto, despedida e assinatura. Eles também podem ajudar com os cartões de festas e de datas comemorativas.

5. Preparar uma refeição para não morrer de fome

Fale para o seu filho ajudar a preparar uma refeição, determine as tarefas dele e mantenha a calma quando a farinha voar e o ovo se quebrar no chão, diz Christina Dymock, mãe de quatro filhos e autora de "Pequenos chefes" (em tradução livre).

Iogurte com frutas é um ótimo café da manhã para começar. Crianças pequenas podem colocar colheres de iogurte na tigela e adicionar as frutas já cortadas. Incentive crianças de cinco anos ou mais a fazer sanduíches e sucos. É lógico que eles devem ser acompanhadas de perto.

Com sete ou oito anos, seu filho pode tentar outras experiências, como fazer uma simples salada, rasgando o alface e cortando as cenouras e os tomates. Aos dez anos, os filhos podem usar o fogão para um sanduíche de queijo grelhado. Pense na segurança e praticidade, e pode ser que você esteja diante de um pequeno Master Chef.

6. Orientar-se por mapas

Se você já ficou perdido ao seguir os comandos de um GPS, deve saber a importância de conseguir se orientar por mapas. Isso construirá no seu filho senso de localização. Mapas parecem entediantes...até você colocar tesouros e recompensar pelo caminho. Esconda brinquedos pelo seu jardim e desenhe um simples esquema para que o seu filho possa seguir a fim de encontrar. Ou então faça com que ele seja o líder para guiar o caminho. Zoológicos, museus e parques são ótimos espaços para isso porque geralmente têm mapas coloridos e fáceis de ler e entender.

7. Cuidar de um machucado

Ensine o seu filho a não entrar em pânico ao ver sangue. E tente não ficar desesperada também. Aplique uma pressão até o sangramento parar, limpe o ferimento com água e coloque um curativo.

8. Limpar o banheiro

Tenha sempre uma esponja para limpar a pia no banheiro. Com a privada, a conversa é outra. Crianças maiores já podem limpar a tampa, o assento e a base com desinfetante. Certifique-se que eles lavem as mãos depois disso.

9. Ser um consumidor inteligente desde cedo

Sempre anuncie os preços e fale sobre suas escolhas: "Estou indo para o outro posto de gasolina porque ali o álcool está dez centavos mais barato." Além disso, encarregue-o a comprar alguns itens. No supermercado, desafie o seu filho a encontrar a marca mais barata de papel toalha e molho de tomate.

10. Cultivar um novo jardim

Muitas crianças aprendem a plantar sementes nas aulas, mas não como colocá-las num jardim. Whitney Cohen, coautor do livro "Instruções para projetos de jardinagens para crianças" (em tradução livre), instrui o básico. Primeiro, peça ao seu filho cavar um buraco na terra e que ele seja grande o suficiente para caber a planta dentro. Uma vez que a planta já estiver no buraco, oriente a criança a amassar a terra em torno do caule. Crie uma rotina para regar sempre a planta.

Fonte: http://www.paisefilhos.com.br/

Tarefas domésticas: por que ajudar em casa faz bem para o seu filho

Eliz Zancanaro, mãe de Matteo, 3 anos, ensina o filho desde cedo a cooperar (Foto: Guilherme Zauith/Editora Globo)

Imagine a cena: você pede para o seu filho tomar banho. Ele deixa o tênis no meio da sala, joga a roupa suja no chão do banheiro e, depois da ducha, a toalha molhada é largada em cima da cama. Se ele já sabe se vestir sozinho, abre a gaveta do armário (não fecha) e fica tudo de qualquer jeito. Você encontra o quarto bagunçado, só que pensa que ele é muito pequeno para deixar a casa em ordem. Também imagina que, caso ele arrume, vai fazer de qualquer jeito. Então, é melhor "poupar" o esforço do pequeno e resolver tudo em questão de segundos.

Se você já passou por isso ou pensou assim, é bom rever seus conceitos. Incluir as crianças nas atividades do lar desde muito cedo (a partir dos 2 anos) desenvolve a independência, a responsabilidade, a autoestima, a coordenação motora e ainda faz com que ela dê valor ao trabalho dos outros. "Precisamos mudar o paradigma. A nossa crença é de que criança faz tudo errado. Se os pais deixarem acontecer naturalmente, ela vai ajudar e repetirá igual", fala Estelle Boecherez, mãe de Chloé, 4 anos.

Estelle é professora em São Paulo e, após o nascimento da filha, criou A Casinha de Chloé, onde promove workshops sobre o aprendizado, o diálogo entre filhos e pais e a cooperação em família. Ela acredita que um dos grandes empecilhos da manifestação natural da criança de querer cooperar são os próprios pais. "Tinha receio de deixar minha filha lavar louça. Só que desde a primeira vez que ela fez, executou muito bem", conta Cecília Azeredo, mãe de Teresa, 6 anos, e de Helena, 2. Cabe aos pais orientar e ajudar. "Muitas vezes dá vontade de deixar a pia limpa em pouco tempo. Só que prefiro delegar essa tarefa para a Tereza adquirir independência", diz Cecília, que põe a filha em um banquinho para que ela alcance de maneira segura a pia.

Muitos pais reclamam da correria do dia a dia e não se preocupam em ensinar essas tarefas às crianças. Preferem que depois de grandes, na adolescência, elas tenham consciência do trabalho em equipe e cooperação. É muito provável que, quando crescerem, achem chatos os serviços domésticos. Portanto, vale a pena o esforço agora, pois, além de contribuir para o bem-estar de toda a família, esse tipo de atividade desenvolve habilidades que serão necessárias no futuro. Afinal, todo mundo vai precisar lavar uma louça, ajeitar os pertences, retirar a mesa do café.

"É essencial dar tempo e espaço para os pequenos. É claro que vai haver bagunça e nem sempre a atividade será concluída de maneira satisfatória. Lembre-se de que o importante é a participação e o desenvolvimento da autonomia deles", diz Marilyn Rossmann, professora da Faculdade de Educação e Desenvolvimento Humano da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos.

Fazendo junto!

Quanto mais cedo a criança ajudar, melhor é, pois aos poucos isso vai se tornando um hábito. "O Matteo, com 3 anos, não pega a vassoura e sai varrendo a casa. Só que, se ele notar alguém limpando, faz junto. A minha ajudante do lar tem sempre um acompanhante nas tarefas", brinca Eliz Zancanaro, mãe do menino. É claro que há momentos em que não vão querer cooperar. Nesse caso, vale sempre iniciar uma conversa. Quando o Matteo recusa, Eliz diz: "Poxa, Matteo! Você vai me deixar fazer sozinha?". Na maioria das vezes, ele acaba atendendo ao pedido da mãe por já entender o real sentido de ajudar o outro.

 

"Saiba lidar como não da criança e nunca desista, persista diariamente. Se você quer ter pessoas competentes, independentes e autossuficientes, precisa trabalhar isso ao longo do tempo", assegura a antropóloga Carolina Izquierdo, pesquisadora associada do Center on the Everyday Lives of Families, da Universidade de Los Angeles, Califórnia (Ucla).

Junto com Elinor Ochs, professora de Antropologia e Linguística Aplicada, também da Ucla, ela foi a campo investigar três grupos: os matsigenka (indígenas da Amazônia peruana); os samoan (residentes da ilha de Upolu, do Oceano Pacífico) e as famílias de classe média de Los Angeles (Califórnia, nos Estados Unidos). A pesquisa deu origem ao artigo Responsibility in Childhood: Three Developmental Trajectories (Responsabilidade na Infância: Três Trajetórias em Desenvolvimento, em tradução livre).

Depois do cruzamento cultural e da observação da dinâmica familiar dos três diferentes grupos, elas concluíram que, enquanto era natural para as crianças samoan e matsigenka ajudarem seus pais em tudo – pescar, coletar folhas de árvores, varrer areia dos colchonetes em que dormiam, preparar a comida, ajudar a servir, entre outras tarefas –, com as crianças de Los Angeles não era bem assim. Além de não ajudarem nas atividades até consideradas simples, os pais passavam a fazer as tarefas dos filhos e desistiam de incentivar essa interação.

Os matsigenka tinham esse espírito colaborativo já no "piloto automático" porque existe uma preocupação dos pais em não gerar filhos preguiçosos e incentivar a participação de crianças em tarefas diárias é a forma de prevenção deles para evitar que isso aconteça. "O que mais impressionou é que eles não eram ensinados, pois aprendiam desde cedo só pela observação e repetição", diz Carolina Izquierdo.

Já para a sociedade dos Samoan, dois princípios são centrais em sua organização: hierarquia social e distribuição de responsabilidade para o sucesso das tarefas. Todos os membros da família participam das atividades. Ou seja, as crianças aprendem por observação e são lembrados por adultos que o caminho para o conhecimento é servir. São raros os reconhecimentos e, quando são feitos, as crianças são "elogiadas" por terem servido de grande apoio à comunidade. Já para as crianças de Los Angeles, como elas não cresciam com essa cultura da colaboração, era preciso não só orientá-las sobre a importância do ajudar o outro, como também deixar esse momento prazeroso. Assim, a probabilidade delas não acharem as tarefas tão chatas, era grande.

Do tamanho certo

Se você quer evitar que esse tipo de comportamento aconteça na sua casa, uma sugestão dos especialistas é criar desafios. A criança vai ficar mais instigada a fazer a tarefa doméstica se parecer uma "brincadeira". Portanto, que tal propor: "Vamos ver quem consegue guardar os brinquedos mais rápido?". Será uma experiência muito divertida.

 

Mais uma ideia é criar espaços exclusivos, do tamanho delas e com seus objetos. Chloé, por exemplo, tem sua pequena cozinha com seus utensílios. Não é à toa que uma de suas atividades favoritas é cozinhar com a mãe. E, atenção: não dê nenhuma recompensa pelas tarefas. A melhor forma de reconhecer o esforço do seu filho é verbalmente. Agradeça, parabenize e diga como a atitude dele ajudou a família inteira. Caso algo dê errado, atente-se sempre à conquista e não à falha. O que não pode é desmotivá-lo.

Tenha em mente que crianças querem imitar. Se você quer que elas façam algo, tem que fazer também. É preciso dar exemplo, como na casa da Teresa e da Helena. Cecília conta que a filha mais nova, de 2 anos, faz tudo sozinha: "Desde quando nasceu, ela vê a irmã fazendo, então, não aceita ajuda". Saiba também que a tarefa pode ser chata para você, mas para os pequenos tudo é novidade. Então, preste atenção na hora que você for apresentar uma atividade, nunca faça cara feia.

Outro cuidado que os pais devem ter é não criar tarefas específicas de meninos e de meninas. Por exemplo: o filho leva o cachorro para passear e a filha fica responsável por lavar a louça. "Não podemos criar medidas educacionais sexistas, nem pequenos príncipes que querem ser servidos", argumenta a professora Luciana Caetano, do Instituto de Psicologia da USP. Todos são igualmente capazes e devem colaborar em tudo desde cedo.

Fonte: http://revistacrescer.globo.com/

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